Segurança alimentar e sustentabilidade ambiental

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Você sabe qual trajeto o alimento percorre até chegar à sua casa? Existem várias etapas desde dos produtores até os consumidores, passando muitas vezes por sistemas de processamento e varejo. A distribuição envolve armazenagem, refrigeração, coordenação de logística e transporte, para enfim chegar as feiras ou super mercados mais próximo de você. A preocupação em conhece a origem dos alimentos está a cada dia aumentando fazendo com que agricultores, varejistas e governo adote medidas para garantir a segurança dos alimentos. Umas dessas medidas é a manutenção do histórico da trajetória e a rastreabilidade; um selo  colado no alimento, ou fixado nas gôndolas que consiste em rastrear qualquer alimento por todas etapas de produção, processo e distribuição até chegar ao consumidor final. Segundo IDEC ( Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), existem diversos benefícios na rastreabilidade, como a valorização dos alimentos orgânicos e agroecolágico, o respeito a produção socialmente justa e a possibilidade de escolher alimentos produzidos próximos do consumidor, ou seja, como menos emissões de carbono para distribuição.

O conceito de Segurança Alimentar é cada vez mais presente entre debates, seminários e conferências pelo mundo. O Comitê de Segurança Alimentar afirma que é preciso que “todas as pessoas tenha acesso físico, social e econômico a uma alimentação suficiente, segura e nutritiva, que satisfaça suas necessidades dietéticas e preferência alimentares para garantir uma vida ativa e saudável”. Segurança Alimentar é garantir alimentos com os atributos adequadas à saúde dos consumidores, implicando em alimentos de boa qualidade, livres de contaminações de natureza química, biológica e física, ou de qualquer outra substância que possa acarretar problemas à saúde da população.

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Outro componente importante do conceito da Segurança Alimentar e a sustentabilidade, significa a capacidade de promover a satisfação das necessidades alimentares da população, sem que haja sacrifício dos recursos naturais (água, terra, ar e matas). Pela sustentabilidade se torna possível a preservação das condições ecológicas, que garante a disponibilidade de alimentos para as futuras gerações.

A produção agrícola mundial tem se concentrado em monoculturas, que se baseia em um sistema de exploração do solo com especialização em um só produto, com a expectativa de obter aumento do volume produzido e garantir a alimentação de toda população do planeta. Contudo, as consequências ambientais e sociais desse modelo  têm sido desastrosas, provocando a destruição da biodiversidade e esgotamento dos solos, além de os países da regiões mais pobres do planeta estarem passando fome, só que sua produção primária é destinada, quase que exclusivamente, para exportação. Para garantir a segurança alimentar e sustentabilidade ambiental, é preciso investir em novas alternativas de produção agrícola. Umas dessas alternativas a serem investidas é a agricultura familiar.

© Rede Globo

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As propriedades agrícolas geridas por famílias detêm cerca de 80% da produção de alimentos e 75% dos recursos agrícolas no mundo. Por isso, são agentes essenciais para o desenvolvimento sustentável e para a erradicação da insegurança alimentar. É crucial, portanto, aumentar sua produtividade, diversificar os meios de subsistência e estimular as práticas sustentáveis. Segundo o secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, ressaltou a importância dos agricultores familiares para o desenvolvimento global. “Eles gerenciam a grande maioria das propriedades agrícolas do mundo. Eles preservam os recursos naturais e agrobiodiversidade. Eles são o pilar dos sistemas de agricultura e da alimentação inclusivo e sustentáveis.”

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